Dois irmãos — um menino e uma menina — não se entendiam quanto aos afazeres da casa. Enquanto os pais trabalhavam fora, as tarefas de casa deveriam ser divididas entre os dois. Mas quando a menina pedia ao irmãozinho para ajudá-la, recebia um sonoro não!
Vá lavar a louça — pedia ela.
Não vou! — respondia o garoto de imediato.
E foi assim por muito tempo. Aquele menino traquino jamais fazia alguma coisa para ajudar sua irmã.
Um dia, enquanto brincava de atirar pedras no quintal, descuidou-se e acabou matando o papagaio de estimação de seu pai. Somente a menina tomou conhecimento da "façanha". O garoto tratou de enterrar a ave antes de seu pai chegar, para que não descobrisse a causa da morte do bichinho, dado como desaparecido. Depois de tudo "arrumado", a menina voltou a pedir ajuda ao maninho:
Pedrinho, ajude-me. Varra a casa para mim, pelo menos isso!
Você já sabe qual é a resposta, não adianta insistir — devolveu-lhe o garoto.
Bem, já que você não vai me ajudar, vou contar ao papai como foi que o papagaio sumiu!
Tá bom! Eu te ajudo, mas não conta nada ao papai — disse-lhe Pedrinho, sem titubear.
Daí para frente, a irmã sabia como fazer com que o maninho fizesse suas obrigações de casa e até passou a explorar um pouco mais o garoto. Quando queria alguma coisa, era só lembrá-lo:
— Olha o papagaio, hein!?
E Pedrinho voava para fazer o que ela pedia.
Muito tempo se passou até que um dia, depois de muita pressão e sofrimento, Pedrinho resolveu confessar o "pecado" ao pai, contando como foi que o papagaio havia desaparecido. Como conhecia bem o filho, e já desconfiava do que havia realmente acontecido com o bichinho, o pai não esperou o garoto terminar...
Meu filho. Eu te amo muito para cobrar isso de você, que é muito mais importante para mim do que um pássaro. Você está perdoado, com certeza. Fique tranqüilo. Esqueça isso.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1 Jo 1.9).
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