quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A PORTA NUNCA SE FECHOU

Uma certa moça do Interior foi traída por um rapaz, enganada na sua confiança. Sua desdita corria de boca em boca e ela, envergonhada, fugiu para bem longe.
O adágio é que uma desgraça nunca vem só. Ela passou por toda espécie de sofrimento. Pior do que o homem, nessas situações, a mulher é discriminada na sociedade, no trabalho, nos estudos. Ela tornou-se um objeto, sem ter onde morar, sem emprego, perseguida. Por fim adoeceu, e morreria não fosse um bom samaritano que lhe conseguiu o dinheiro de uma passagem de retorno ao lar. Foi esta a última e mais acertada decisão.
Esqueceu a vergonha, esqueceu as tristezas que causara aos pais. Esqueceu tudo e voltou para casa. Ao se aproximar da residência ainda pensou em desistir, mas não podia mais.
Aproximou-se devagar, para entrar sem ser vista. Estranhou que a porta estivesse aberta.
Não conteve as lágrimas. Foi ter com a sua mãe.
Perdão, mamãe, pelo grande desgosto que lhe dei.
- Esqueça-se! - disse a mãe. - Desde a sua partida eu nunca fechei essa porta, na certeza de que você voltaria.
Abraçaram-se e choraram juntas. Agora era um choro de alegria.

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará".  

"Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa" (Gl 6.7; Ef 6.1,2).

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