Naquela época, ainda não conhecíamos a Jesus. Enfrentávamos muitas lutas, inúmeras dificuldades, porém todos os dias, no horário das refeições e por volta das 22 horas, tínhamos de estar em casa. Meu pai não deixava ninguém ir para a casa de um vizinho no horário do almoço ou do jantar, e nem ficar fora de casa após as 22 horas.
Não obstante aquele amontoado de crianças — nessa época, eu, o número sete da turma de casa, era adolescente — ninguém falava alto, muito menos gritava, e havia muito respeito, como não passar à frente de pessoas conversando e tampouco interferir na conversa de adultos. Tínhamos de observar até o modo correto de sentar. Tempos depois, aquela vizinha chamou minha mãe e disse-lhe:
— Dona Suzana, quando a senhora mudou para cá, reclamei muito. Achei que meu sossego havia terminado e pensava que sua casa seria uma tremenda bagunça com todos esses meninos. Mas quero lhe pedir perdão, pois não ouço nenhum barulho vindo de sua casa. Vejo que vocês têm educação.
Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada... (Pv 31.27,28)
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